Imagine a net como uma galeria de esgotos e cada blog como uma privada, pronta pra receber tudo que ninguem quer mais dentro de si. Pois bem, esta é a minha LATRINA e vou largar aqui o que não der pra jogar no ventilador do mundo.
04 dezembro, 2007
A MORTE - A MOÇA CAETANA
(Com tema de Deborah Brennand)
Eu via a Morte, a Moça Caetana,
com o manto negro, rubro e amarelo.
Vi o inocente olhar, puro e perverso,
E os dentes de coral da desumana
Eu vi o estrago, o bote, o ardor cruel,
os peitos fascinantes e esquisitos.
Na mão direita, a cobra casacavel
e na esquerda, a coral, rubi maldito.
Na fronte, uma coroa e o gavião.
Nas espáduas, as asas ofegantes,
que, ruflando nas pedras do sertão,
pairavam sobre urtigas causticantes,
caules de prata, espinhos estrelados
e os cachos do meu sangue iluminado.
[Poema e Iluminogravura de Ariano Dantas Villar Suassuna]
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