21 agosto, 2006


CABIDELA

Quando o sangue ferve, ventas abrem-se em bueiro pro azedo adentrar. Olhos esbugalham, pupilas dilatam, braços retesam, mãos agarram, bocas salivam, beiços incham, peitos arfam, mamilos intumescem, barrigas ondulam. O pau enrijece e ela sangra. Olhos semi-serram, pupilas retraem-se, braços rejeitam, mãos soltam, bocas engolem, beiços ressecam, peitos congelam, mamilos entristecem, barrigas empurram. O pau amolece e ela chora. Quando o sangue verte, fendas abrem-se por inteiro pro medo frutificar.

[imagem extraida de http://www.sxc.hu]

2 comentários:

Anônimo disse...

a foto me deu uma certa agonia. esse será que ferveu antes de verter?

Douglas Venoso disse...

Putz...